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Friday, May 19, 2006

Fechem as maternidades 

O país real tem andado entretido com um debate surrealo-estético sobre o fecho das maternidades. De todos os lados vêm se debatidos argumentos ao nível intelectual de um peru embriagado de cabeça perdida por um porco espinho calvo. Ele é que 20 quilómetros ao lado e o nascimento já sai diferente. Que uma cidade tem de ter maternidade, mas não importa que não tenha empresas. Que do outro lado do monte as crianças nascem ainda mais burras. E demais variações do tema: um polícia em cada esquina e uma maternidade em cada quarto.

Isto de ter primos direitos a fazer de avós acaba por ter destes problemas e está por demais visto que as maternidades deviam fechar todas. Sim todas. O estado não tem nada que ser dono de maternidades. Tal como não tem que ser dono de cemitérios, nem de redes de telemóvel. O estado limita-se a aplicar aquilo que faz sentido aplicar em todos os negócios:
- garantir a qualidade mínima dos serviços (não a sua quantidade máxima)
- pagar o usufruto dos serviços por quem deles precisa.

Por medida do Primeiro Ministro as parturientes do país receberão uma comparticipação pela realização do parto. Depois escolhem fazer o parto num dos muitos hospitais e maternidades privados, cooperativos ou sociais que existirão pelo país. Serviços concorrenciais onde a única intervenção do estado é garantir o cumprimento das regras de segurança e de qualidade.

Curiosamente a oposição e a multidão ululante que vai de carreira para manifs, encomendados por comerciantes preocupados com as vendas locais de pasteis de nata, não parecem nada preocupados com a qualidade do serviço prestado nas suas maternidades. Querem é tê-la perto de casa, deve ser para terem pouco trabalho nas deslocações aos cuidados intensivos.

Vote em mim – Nasce onde quiser, não onde a associação dos comerciantes da sua terra o mandar.

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