Monday, September 08, 2003
A crise é para quem a quer
Isto é que está uma crise. Seja o FMI, o Banco Mundial ou a OCDE todos concordam, a economia portuguesa está a convergir para trás. Com o ano de 2003 vamos ficar todos mais pobres e mal nos serve a compensação de saber que não somos os únicos. É que, querendo lá saber se os Alemães têm a locomotiva avariada, os Espanhóis vão crescer mais de 2% este ano, e à nossa custa.
A oposição quer um choque fiscal para gerar investimento e assim restabelecer a confiança, ou então investimento para gerar confiança e com isso financiar um abaixamento de impostos ou até que se espere pela confiança para que o investimento possa pagar impostos. Tem um olho no canto da lágrima ou uma lágrima no olho do canto?
O meu governo considera que para haver investimento tem de haver sítio para investir e que não há sítio para investir se os mercados continuam protegidos. Assim vamos (se votarem em mim) reduzir a regulação para permitir a entrada de concorrentes. O investimento que é necessário para dinamizar a economia não se consegue com abaixamentos de impostos que só beneficiam as empresas já instaladas. O investimento consegue-se de uma forma simples. Basta abrir novas oportunidades para investir.
Propostas do Primeiro-Ministro para conseguir investimento:
- Os estabelecimentos comerciais passam a ter os horários alargados à vontade
- A venda dos remédios deixa de ser um exclusivo das poucas farmácias que existem.
- Nova licença e interligação para as telecomunicações móveis. Com o respectivo lançamento do UMTS e pagamentos de multas.
- Legalizar a prostituição. Finalmente! Com impostos altos como os que se aplica ao tabaco.
- Liberalização dos “serviços” exclusivos do estado: notários, finanças, registos civis e prediais. etc.
Vote em mim – Vou criar oportunidades para investir. O investimento gera emprego e o emprego gera consumo, e assim sucessivamente. Também sei que depois da liberalização dos mercados Claro que as empresas instaladas iam sofrer com a medida e acabariam por despedir gente lá mais para a frente, só que isso é lá mais para a frente. Ninguém seria despedido por antecipação por isso, até as empresas actuais sofrerem as consequências da sua ineficiência iam suportar o emprego que já têm e com a criação de novos sairíamos da crise.
A oposição quer um choque fiscal para gerar investimento e assim restabelecer a confiança, ou então investimento para gerar confiança e com isso financiar um abaixamento de impostos ou até que se espere pela confiança para que o investimento possa pagar impostos. Tem um olho no canto da lágrima ou uma lágrima no olho do canto?
O meu governo considera que para haver investimento tem de haver sítio para investir e que não há sítio para investir se os mercados continuam protegidos. Assim vamos (se votarem em mim) reduzir a regulação para permitir a entrada de concorrentes. O investimento que é necessário para dinamizar a economia não se consegue com abaixamentos de impostos que só beneficiam as empresas já instaladas. O investimento consegue-se de uma forma simples. Basta abrir novas oportunidades para investir.
Propostas do Primeiro-Ministro para conseguir investimento:
- Os estabelecimentos comerciais passam a ter os horários alargados à vontade
- A venda dos remédios deixa de ser um exclusivo das poucas farmácias que existem.
- Nova licença e interligação para as telecomunicações móveis. Com o respectivo lançamento do UMTS e pagamentos de multas.
- Legalizar a prostituição. Finalmente! Com impostos altos como os que se aplica ao tabaco.
- Liberalização dos “serviços” exclusivos do estado: notários, finanças, registos civis e prediais. etc.
Vote em mim – Vou criar oportunidades para investir. O investimento gera emprego e o emprego gera consumo, e assim sucessivamente. Também sei que depois da liberalização dos mercados Claro que as empresas instaladas iam sofrer com a medida e acabariam por despedir gente lá mais para a frente, só que isso é lá mais para a frente. Ninguém seria despedido por antecipação por isso, até as empresas actuais sofrerem as consequências da sua ineficiência iam suportar o emprego que já têm e com a criação de novos sairíamos da crise.