Monday, September 08, 2003
Devolver a habitação devoluta
Existem, só em Lisboa 90 mil fogos devolutos. No Porto são 40 mil (acho que é isso). Dava para meio milhão de pessoas. Só nas principais cidades. Se amanhã descolonizássemos França, havia casas construídas que davam para todos os retornados.
Ainda assim e apesar deste património, continua a construir-se novo e não se faz recuperação. Portugal gasta metade do seu investimento em imobiliário (que como o nome diz é dinheiro parado) enquanto já aqui ao lado, em Espanha, esse valor é de apenas 20%. Os espanhóis têm mais 30% da poupança para investir em coisas que realmente dinamizem a economia, como conquistar-nos.
Pela mesma razão em Portugal a reconstrução despende menos de 10% do dinheiro da construção civil, quando esse valor deveria ser pelo menos cinco vezes maior.
A oposição gosta do estado das coisas como está porque tem que financiar as felgueiras deste país e os prédios do taxi suíço. Só a nova construção gera loteamentos que financiam os partidos. A recuperação sai mais barata mas não alimenta nenhum presidente de câmara.
O meu governo reconhece que as pessoas têm direito a ter casas vazias, não podem é deixá-las cair de podres. Até porque representam um risco para os outros (acidentes, incêndios, ocupas drogados...)
Assim a proposta do Primeiro-Ministro é simples. Casa abandonada e degradada é posta à venda como na lota (o preço vai baixando até alguém comprar). Só em Lisboa haveria 90 mil casas a ser vendidas ao preço da chuva, passaria logo a compensar fazer obras de recuperação. O Direito à propriedade implica a obrigação de a manter.
Vote em mim – Se as casas no centro da cidade custarem dez mil contos de obras alguém vai querer ir viver para uma pseudo-urbanização lata de sardinha em Massamá?
Ainda assim e apesar deste património, continua a construir-se novo e não se faz recuperação. Portugal gasta metade do seu investimento em imobiliário (que como o nome diz é dinheiro parado) enquanto já aqui ao lado, em Espanha, esse valor é de apenas 20%. Os espanhóis têm mais 30% da poupança para investir em coisas que realmente dinamizem a economia, como conquistar-nos.
Pela mesma razão em Portugal a reconstrução despende menos de 10% do dinheiro da construção civil, quando esse valor deveria ser pelo menos cinco vezes maior.
A oposição gosta do estado das coisas como está porque tem que financiar as felgueiras deste país e os prédios do taxi suíço. Só a nova construção gera loteamentos que financiam os partidos. A recuperação sai mais barata mas não alimenta nenhum presidente de câmara.
O meu governo reconhece que as pessoas têm direito a ter casas vazias, não podem é deixá-las cair de podres. Até porque representam um risco para os outros (acidentes, incêndios, ocupas drogados...)
Assim a proposta do Primeiro-Ministro é simples. Casa abandonada e degradada é posta à venda como na lota (o preço vai baixando até alguém comprar). Só em Lisboa haveria 90 mil casas a ser vendidas ao preço da chuva, passaria logo a compensar fazer obras de recuperação. O Direito à propriedade implica a obrigação de a manter.
Vote em mim – Se as casas no centro da cidade custarem dez mil contos de obras alguém vai querer ir viver para uma pseudo-urbanização lata de sardinha em Massamá?