<$BlogRSDUrl$>

Thursday, September 25, 2003

Querem mais números joguem no totoloto 

O famoso problema português da produtividade foi finalmente caracterizado como sendo culpa nossa. Os portugueses bem que gostariam de encomendar um bode expiatório, mas os eleitores que se desenganem, se Portugal é incompetente é porque os portugueses são incompetentes. A começar por cima, pelo sistema, pelo estado.

As grandes causas da incompetência nacional são então, surpresa!
- A fuga fiscal
- O excesso de regulamentação
- A burocracia

A oposição devia ficar nas sessões dos AA até ao fim para perceber que não basta reconhecer que se tem um problema, é preciso enfrentá-lo e viver um dia de cada vez. Ainda assim, já não foi mau de todo ver uns consultores a fazer umas apresentações janotas , para concluírem que a ¾ da nossa pobreza é culpa nossa.
Por outro lado, e como é típico da oposição, as medidas nem chegam a ser meias, são umas banalidades rotas.

O problema 1) Combate à fuga fiscal
A oposição quer: “A Racionalização do sistema fiscal; O Reforço dos mecanismos de auditoria; A Aplicação de penalidades; E o Reforço da consciencialização”.
Tudo banalidades que nem meias-medidas são, ao melhor estilo da oposição, esta é uma lista de peúgas usadas para as quais devem até estar à procura de um ex-ministro para presidir à comissão das almoçaradas que vai debater isto.

O Primeiro-Ministro considera que o “reforço da consciencialização” é uma medida que tão inócua que não funciona nem na disneylandia, por isso já explicou o que vai fazer para combater a fuga fiscal fazendo do tuga um fiscal .

O problema 2) O excesso de regulamentação
O primeiro-Ministro também já explicou o que fará para via desregulamentação acabar com a crise e também anunciou medidas para renovar a habitação comercializando as casas devolutas , por isso não custa a perceber porque é que a oposição não propõe nada.

O problema 3) A burocracia
O mau trabalho do estado também é alvo de um pacote de tolices da oposição, sejam elas: “(1) re-organização das entidades envolvidas, (2) abordagem integrada e hierarquizada dos distintos regulamentos sobre o território e (3) transparência na informação ao público”.

O meu governo nem que quisesse era capaz de encher ar com tanto vazio, por isso propõe o seguinte, um número único para o cadastro de cidadãos, empresas ou propriedade:

Medidas do primeiro ministro para combater a burocracia:
1º) Aglutinação no Bilhete de Identidade de todos os registos da administração pública. Catão de contribuinte, de Eleitor, da segurança Social, de utente do Sistema de Saúde, Carta de Condução, de Residente, de Desempregado, do raio que a parta. Uma base de dados única com toda a informação correspondente à relação do cidadão com o estado.
2º) Criação de um Bilhete de identidade para cada imóvel. Com informação sobre licenças, propriedade, serviços públicos.
3º) Criação de um registo empresarial completo. Como para os cidadãos ou para os imóveis

Vote em mim – O eleitor olhe para a sua carteira e imagine-se a tirar dali todos os cartões e ficar apenas com um. Imagine que as multas por pagar são comparadas com os impostos em dívida e as contribuições para a segurança social. Imagine que os subsídios só eram atribuídos a quem não tivesse dívidas e que chegado ao hospital lhe saberiam ler a ficha clínica. Bastaria a poupança de chatice associada a mudar de casa e isso ficar feito com apenas um registo, que o mercado imobiliário poderia animar, afinal para o imóvel também era uma questão de dizer que tinha mudado de dono.
Infelizmente isso implicava que a função publica ia ter excedente de pessoal por todos os lados, mas isso era o princípio do fim de muitos dos nossos problemas.

This page is powered by Blogger. Isn't yours?

Weblog Commenting by HaloScan.com