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Wednesday, October 01, 2003

Quem quer ser milionário 

O sistema de segurança social está na falência, não dura nem mais uma geração. Por outro lado as reformas são de miséria e os reformados não ganham nem para um baralho de cartas. Pergunta então o eleitor? Como é possível que se pague tanto e se receba tão pouco? Porque se alguma coisa em Portugal é o exemplo do mau ensino das matemáticas é o sistema de Segurança Social.

A oposição acha que 34,75% de descontos é insuficiente para pagar reformas a menos de 2/3 do ordenado mínimo nacional. Ou então argumenta que o problema foi feito no passado em que a segurança social financiou o estado e que as gerações presentes têm de acarretar com esse erro no futuro. Paralizados pela matemática a oposição continua a gastar boa parte das reformas dos eleitores a alimentar a burocracia do Ministério do Trabalho.

O meu governo sabe que o problema da segurança social é motivado pela quantidade de beneficiários que nunca descontaram nada que se visse. Depois de muitos anos a passar ao lado de qualquer contribuição, há muitos não contribuintes a receber pensões de miséria. A consequência é que os actuais contribuintes fazem todos os possíveis para escapar à sorte de pagar as reformas das economias paralelas do antigamente, realimentando o ciclo de não-paga-mas-depois-vai-receber.

Medidas do Primeiro Ministro para tapar o buraco da segurança social. Para que seja fácil a cada reformado receber um milhão de euros no primeiro dia da reforma, o Primeiro Ministro vai atribuir como reforma o valor descontado pelo trabalhador.
Medidas de saneamento da situação actual:
1) Contabilização da contribuição efectiva de cada trabalhador (conta individual actualizada às taxas de inflação e juros).
2) Atribuição do valor resultante das contas individuais a cada pensionista. Reforço das prestações de pobreza.
Plano para as reformas futuras:
3) Liberalização da gestão dos fundos de reformas.
4) Concentração da Segurança Social nas prestações de pobreza, doença e desemprego (prestações sociais) e redução da taxa social ao mínimo para pagamento das ditas prestações sociais
5) Cada trabalhador é livre de poupar para a sua reforma como bem entender que o dinheiro é seu.
6) O estado limita-se a regular a actividade das gestoras de fundos, garantindo níveis mínimos de contribuição e níveis mínimos de capitalização.

Vote em mim – O eleitor vai saber quanto poupou para a sua reforma. O eleitor vai saber quanto é que vai receber quando se quiser reformar e vai poder reformar-se quando quiser. O eleitor vai ter a garantia que se contribuir decentemente durante um nº de anos razoável vai ter uma bela reforma.

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