Thursday, October 30, 2003
Tão mau como o centro mas mais insignificante.
Porque é que os carros americanos vêm de Detroit? O petróleo de Dallas? Os cigarros de Richmond? Os filmes de LA? ... E já agora, porque é que, em Portugal, além da notável capital do Móvel, só existe a patética capital do gótico? O primeiro Ministro foi a Santarém e não viu um único heavy-metal. Convencido que era na ”capital do gótico” onde viviam os cabeludos que vão à ilha do Ermal, desiludiu-se com a realidade. Em Santarém não há nada de relevante, nada de especial, nada de importante. É apenas uma cidade deprimida que se arrisca até a deixar de ver passar os comboios. Para que as cidades portuguesas se desenvolvam tem de reunir competências, autonomia, poder.
A Regionalização não faz sentido nenhum num país do tamanho de Portugal. Especialmente quando não existem diferenças culturais significativas. Ao contrário de países com tradições federalistas (ou dimensão) a desagregação do governo em micro-governos locais não aproximaria a administração da população. Aliás, é até bastante óbvio que, a criação de um nível intermédio de poder apenas serviria para entorpecer a já débil actuação do executivo.
No entanto, a oposição anda à cata de oportunidades para entreter os caciques de província. Preocupados com a competitividade e crescente da corrida ao tacho, a oposição pretende instituir um nível intermédio para os boys, uma espécie de campeonato de esperanças para politiqueiros em ascensão. Tal como o senado é uma liga de veteranos.
O meu governo sabe que a descentralização só faz sentido se proporcionar aos novos centros autonomia, escala e introduzir factores de desenvolvimento.
Abordagem do Primeiro Ministro à regionalização:
- Criação de clusters locais. Transformando cada cidade importante num centro de poder sectorial (por exemplo: Ensino Superior e Ciência em Aveiro, Saúde em Coimbra, Segurança Social em Faro, Indústria no Porto)
- Deslocação dos organismos públicos correspondentes para esses novos centros (e respectiva localização dos postos de trabalho)
Vote em mim – Se o grosso do capital do estado são funcionários então usa-se essa gente como factor de desenvolvimento regional. A criação de novos centros sectoriais permite a descentralização sem estraçalhar o poder administrativo. A especialização em cluster permite a criação de indústrias e competências relevantes nas cidades adormecidas do país.
A Regionalização não faz sentido nenhum num país do tamanho de Portugal. Especialmente quando não existem diferenças culturais significativas. Ao contrário de países com tradições federalistas (ou dimensão) a desagregação do governo em micro-governos locais não aproximaria a administração da população. Aliás, é até bastante óbvio que, a criação de um nível intermédio de poder apenas serviria para entorpecer a já débil actuação do executivo.
No entanto, a oposição anda à cata de oportunidades para entreter os caciques de província. Preocupados com a competitividade e crescente da corrida ao tacho, a oposição pretende instituir um nível intermédio para os boys, uma espécie de campeonato de esperanças para politiqueiros em ascensão. Tal como o senado é uma liga de veteranos.
O meu governo sabe que a descentralização só faz sentido se proporcionar aos novos centros autonomia, escala e introduzir factores de desenvolvimento.
Abordagem do Primeiro Ministro à regionalização:
- Criação de clusters locais. Transformando cada cidade importante num centro de poder sectorial (por exemplo: Ensino Superior e Ciência em Aveiro, Saúde em Coimbra, Segurança Social em Faro, Indústria no Porto)
- Deslocação dos organismos públicos correspondentes para esses novos centros (e respectiva localização dos postos de trabalho)
Vote em mim – Se o grosso do capital do estado são funcionários então usa-se essa gente como factor de desenvolvimento regional. A criação de novos centros sectoriais permite a descentralização sem estraçalhar o poder administrativo. A especialização em cluster permite a criação de indústrias e competências relevantes nas cidades adormecidas do país.