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Thursday, November 27, 2003

A droga para quem precisa 

Portugal tem a taxa de toxicodependentes mais elevada da Europa. E a crescer. Os toxicodependentes precisam de umas dezenas de contos por dia para alimentar o vício. Se um viciado gastar 300 contos por mês em heroina durante 5 anos quer dizer que cada vítima tem um valor esperado para o traficante de 18mil contos. O negócio da droga é tão rentável que até estranha que não ande mais gente a oferecer pó aos putos para experimentar. Para sustentar o negócio, os viciados alimentam o vício com uma percentagem monstra do crime, insegurança, problemas de saúde, sida, hepatites, prisões, etc.

A oposição acha que perseguir os traficantes que não são do mesmo clube e empurrar os drogados de bairro em bairro esconde o problema da vista dos inocentes.

O Governo sabe que uma medida unilateral de Portugal traria para cá todos os drogadictos da vizinhança, por isso, enquanto a hipocrisia internacional dominar, mais vale ser pragmático.

O Primeiro- Ministro propõe a constituição de um estatuto de “doente de alto risco” para os toxicodependentes comprovados. Esses, teriam acesso, para tomar não para levar para casa, a droga dura e pura para saciar o vício. O governo venderia essa droga a preço de custo (no Afeganistão o ópio sai ao preço da chuva, mais barato já que nem chove tanto por lá) poupando nas margens criminosas da distribuição (literalmente) e poupando também os restantes cidadãos ao esforço de alimentar o tráfico via crime. E até reduzindo a receita que um potencial agarrado representa para um traficante.

Vote em mim – A força do tráfico de droga está nos mais de 100mil toxicodependentes que há em Portugal e que ali investem fortunas vindas do roubo, da prostituição e afins. Se se tirar do mercado os indivíduos que consomem as grandes quantidades a criminalidade reduz-se dramaticamente. Afinal não foi a proibição que impediu os drogados de se viciarem.

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