Wednesday, November 19, 2003
Preservar a saúde
Convém esclarecer um conceito que tem sido mal entendido: Preservar a saúde, significa evitar que os eleitores fiquem doentes, não tem nada a ver com preservar os interesses monopolistas dos profissionais da saúde.
Esta diferença é de facto subtil para a oposição, por isso é que o governo herdou uma déficit no SNS do tamanho do orçamento de estado de um país médio...esse mesmo.
De acordo com a oposição, preservar a saúde implica:
- Garantir o pleno emprego dos médicos, mesmo daqueles que cobram 15 contos para, em 15 minutos dizer "humpfr" e rabiscar "humpfr" na receita.
- Eliminar a concorrência às farmácias permitindo que um alvará chegue a custar 500.000€ (é verdade, vejam lá como está bom o negócio que dá para esta especulação... e quem paga? O contribuinte claro).
- Usar exclusivamente remédios de marca, puro premium. Que os portugueses, quando é para medicar é só de Luis Vitton para cima!
- Deixar a gestão dos hospitais e afins sem responsáveis que é para que os Portugueses gastem mais dinheiro em saúde do que qualquer outro pais da Europa (mesmo os Gregos).
- Obrigar o eleitor a pagar as ineficiência sem beneficiar nada. Garantindo que só os ricos têm acesso a cuidados de saúde porque são os que pagam duas vezes (seguro pessoal + SNS).
Enfim, a única coisa que está preservada é a mama do sistema de saúde onde todas (sim todas) as partes abusam do poder.
Medidas do primeiro ministro:
- Liberalizar o ensino da medicina – Ainda hoje a Ordem dos médicos (organização corporativista que será extinta) se queixou que as novas 300 vagas podem perigar “a qualidade da formação”. Se em Portugal há falta de médicos, e se há mais médicos a reformar-se do que a formar-se, então o ensino da saúde é mau e não há nada a preservar. A Ordem prefere ter meio automóvel estampado a um que ande só porque é de uma classe diferente.
- Liberalizar a venda dos remédios. Como em Inglaterra.
- Genéricos à força - Prescrição e Financiamento apenas por princípio activo. Se os outros ingredientes não são activos então porque é que hão de ser importantes? Será que os médicos, tão bem formados, não sabem prescrever os princípios activos e respectivas excepções?
- “Cheque saúde” –Houve até um cromo que ganhou um Nobel por causa disto, que mais há a dizer!
Vote em mim – Entre gastar na saúde ou gastar na educação, a educação é melhor para o páis. Por isso, há que poupar na saúde, acabando com a preservação do buraco.
Esta diferença é de facto subtil para a oposição, por isso é que o governo herdou uma déficit no SNS do tamanho do orçamento de estado de um país médio...esse mesmo.
De acordo com a oposição, preservar a saúde implica:
- Garantir o pleno emprego dos médicos, mesmo daqueles que cobram 15 contos para, em 15 minutos dizer "humpfr" e rabiscar "humpfr" na receita.
- Eliminar a concorrência às farmácias permitindo que um alvará chegue a custar 500.000€ (é verdade, vejam lá como está bom o negócio que dá para esta especulação... e quem paga? O contribuinte claro).
- Usar exclusivamente remédios de marca, puro premium. Que os portugueses, quando é para medicar é só de Luis Vitton para cima!
- Deixar a gestão dos hospitais e afins sem responsáveis que é para que os Portugueses gastem mais dinheiro em saúde do que qualquer outro pais da Europa (mesmo os Gregos).
- Obrigar o eleitor a pagar as ineficiência sem beneficiar nada. Garantindo que só os ricos têm acesso a cuidados de saúde porque são os que pagam duas vezes (seguro pessoal + SNS).
Enfim, a única coisa que está preservada é a mama do sistema de saúde onde todas (sim todas) as partes abusam do poder.
Medidas do primeiro ministro:
- Liberalizar o ensino da medicina – Ainda hoje a Ordem dos médicos (organização corporativista que será extinta) se queixou que as novas 300 vagas podem perigar “a qualidade da formação”. Se em Portugal há falta de médicos, e se há mais médicos a reformar-se do que a formar-se, então o ensino da saúde é mau e não há nada a preservar. A Ordem prefere ter meio automóvel estampado a um que ande só porque é de uma classe diferente.
- Liberalizar a venda dos remédios. Como em Inglaterra.
- Genéricos à força - Prescrição e Financiamento apenas por princípio activo. Se os outros ingredientes não são activos então porque é que hão de ser importantes? Será que os médicos, tão bem formados, não sabem prescrever os princípios activos e respectivas excepções?
- “Cheque saúde” –Houve até um cromo que ganhou um Nobel por causa disto, que mais há a dizer!
Vote em mim – Entre gastar na saúde ou gastar na educação, a educação é melhor para o páis. Por isso, há que poupar na saúde, acabando com a preservação do buraco.