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Tuesday, December 23, 2003

Mensagem de Natal do Primeiro Ministro:  

“A crise é passageira, o condutor vai bêbado“

Prezado eleitor,
Depois de um ano repleto de sucessos, o Governo faz uma pausa. Aproveitando o balanço, o Primeiro Ministro, deixa-lhe uma mensagem de Boas Festas, escrita pelo seu próprio punho,
O Gabinete do Primeiro Ministro, em antecipação à mensagem do seu Primeiro, deseja ao eleitor umas boas festas, um feliz natal e um próspero ano novo.
A mensagem que se segue é da autoria do próprio Primeiro Ministro, que além de ter inveja da carta do Scolari, estava visivelmente embriagado. Mas o pior foi a caligrafia, péssima, especialmente porque o PM se pôs a escrever com o punho.

Votos de Boas Festas
P’lo Gabinete do Primeiro Ministro
(assinatura ilegível)



São Bento, Vésperas de Natal 2003
Caro eleitor,
2003 já se foi, não sabemos onde é que o pusemos, por isso deve estar com o Tribunal que perde tudo o que por lá passa. Funcionam como a Torre do Tombo, o que lá entra é para lá ficar.

O ano que passou foi mesmo dedicado à Justiça. Ainda não se fez nenhuma, mas fartou-se de falar dela. Conversaram, debateram, inquiriram e mal deram por isso eram cinco e meia, hora de voltar para o trânsito. Se mandasse naquela gente, proibia-os de entrar todos à mesma hora, ao menos não atrapalhavam.

Mas o governo manda tanto na função pública como manda nos imigrantes. Esses tipos que vivem cá, não votam, não pagam impostos, usufruem dos direitos, despejam as criancinhas que não sabem nada na escola, uma desgraça. Segundo o Eurostat em Portugal há mais de dois milhões de imigrantes ilegais que estão convencidos que só porque têm pais portugueses e nasceram em Portugal isso lhes dá o direito de não ter deveres. A vontade que dá é mandar os Tugas para a Ucrânia em troca por mais daqueles kosovares educados e trabalhadores. Esses sim põem o país a andar.

Quando se olha para a Eurostat é que se vê a tristeza vai na alma desta gente. Pobres, preguiçosos, bêbados, drogados, doentes, iletrados, injustos, acidentados. Portugal é o pior em todas as estatísticas de UE. Ou os senhores da UE são uns sádicos, ou então Portugal não se soube governar. Isto porque, com democracia ou não, um país têm os governantes que merece.

Veja-se os americanos, os gordos vêm tantos filmes que agora, andam todos atrás do terrível Dr. Laden, um fanático que vive escondido num complexo subterrâneo, cheio de armas químicas, a fazer planos para destruir o mundo. Mas tudo se salva quando Bush, George W Bush, agente secreto de sua majestade, lidera uma coligação para repor a ordem mundial. Armado com as mais recentes geringonças de Q e dos seus generosos patrocínios (como por exemplo um fantástico peru de plástico que permite viajar incógnito a distância que vai de Dallas e Bagdad). O agente secreto Bush, vinga o seu pai, e derrota os maus com uma grande explosão de choque e pavor. É verdade que ainda não se encontrou o corpo do Bin Laden, mas isso fica para a sequela.

Sequelas é na Europa, a braços com uma crise de imaginação. Depois de acordarem que nenhum estado gastava mais do que tem. Deram em torrar dinheiro que nunca viram. Os governos da Eurolândia parecem um grupo de adolescentes com um cartão de crédito. Se o Estado não têm dinheiro não o deve gastar. Era preciso um pacto para perceber isto? É o que dá confiar em tipos nunca trabalharam. A oposição está habituada a ganhar uma ordenadito e mesmo assim enriquecer entre sobreiros que se transformam em prédios e taxis milionários. Quem pagou a conta voltará a pagar, não são só os almoços, para essa gente todas as refeições são grátis.

É a economia, esse bicho esquisito. Parece impossível mas ainda há quem dê atenção aos economistas. Os de esquerda a quererem que o estado faça tudo. Os da direita quererem o mesmo para os privados. E a nenhum ocorre que não importa quem é o dono, importa é que haja concorrência. Quem grama com um serviço monopolista é sempre explorado. Seja o patrão o estado, seja um barão-consanguíneo. Se não há concorrência, há abusadores e umbiguistas.

Veja-se os sindicalistas: Querem mais aumentos, mais emprego, mais subsídios, menos horas de trabalho, mais assistência social, mais direitos. E que raio dão em troca? Pois, nada. É tramado negociar com gente dessa. É até preferível que façam greve, pelo menos não se lhes tem de pagar o ordenado. A defesa dos direitos adquiridos é impeditiva da conquista de novos direitos.

Quando tiverem a comer as passas pensem nisso. Em 2004 o que é que dão em troca do que querem receber?

Votos de boas festas para o eleitor
Votos de urna para mim
O Primeiro Ministro

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