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Tuesday, March 02, 2004

droga de negócio 

Portugal tem a taxa de toxicodependentes mais elevada da Europa. E a crescer. Os toxicodependentes precisam de umas dezenas de contos por dia para alimentar o vicio. Se um viciado gastar 300 contos por mês em heroina durante 5 anos quer dizer que cada vítima tem um valor esperado para o traficante de 18mil contos. O negócio da droga é tão rentável que até estranha que não ande mais gente a vender, e a oferecer aos putos para experimentar. Depois, os viciados alimentam o vicio com uma percentagem monstra do crime, insegurança, problemas de saúde, sida, hepatite, prisões, etc.

A oposição acha que perseguir os traficantes que não são do mesmo clube e empurrar os drogados de bairro em bairro esconde o problema da vista dos inocentes.

O meu governo sabe que uma medida unilateral de Portugal traria para cá todos os drogadictos da vizinhança, por isso, enquanto a hipocrisia internacional dominar, mais vale ser pragmático.

O Primeiro- Ministro propõe a constituição de um estatuto de “doente de alto risco” para os toxicodependentes comprovados. Esses, teriam acesso, junto do sistema de saúde, a droga dura e pura para alimentar o vício. O governo venderia essa droga a preço de custo (no Afeganistão o ópio sai ao preço da chuva, mais barato que nem chove tanto por lá) poupando nas margens criminosas da distribuição (literalmente) e poupando os restantes cidadãos ao esforço de alimentar o tráfico via o crime. E até reduzindo o valor que um potencial agarrado representa para um traficante.

Vote em mim – A força do tráfico de droga está nos mais de 100mil toxicodependentes que há em Portugal e que ali investem fortunas vindas do roubo, da prostituição e afins. Se se tirar do mercado os indivíduos que consomem as grandes quantidades a criminalidade reduz-se dramaticamente. Afinal não foi a proibição que impediu os drogados de se viciarem

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