Tuesday, March 30, 2004
O Governo não faz greve
Parece que com o euro tudo quanto é trabalhador medíocre encontrou a forma de se fazer notado, a ameaça de greve. Segundo os génios do sindicalismo, os senhores que não trabalham para defender os trabalhadores, ou aqueles que mandam não fazer porque não fazem nada. O Euro é uma oportunidade única para os portugueses descobrirem que afinal não podem passar sem uma cambada de gente.
Ele é os tipos das fronteiras, chateados porque os retiraram da sua moleza de Shenguen. Os médicos, esses pobres coitados com emprego garantido. Os polícias a ameaçarem greve às multas porque têm uma mota estragada. Os condutores da Carris, talvez aborrecidos com o trânsito. Os taxistas indignados com a perspectiva de ter de pagar impostos. A função pública, agarrada ao proverbial direito de ser promovido sem fazer nada.
Mas os piores são os tipos das empresas que vão fechar. Quem é que foi o sindicalista que se lembrou que uma greve é uma preocupação para um tipo que vai fechar uma empresa? São uns génios.
Mais geniais ainda são os sindicalistas da função pública que preferem aumentos zero para toda a gente do que aumentar apenas os trabalhadores que merecem. É o que se chama nivelar por baixo. São uns génios bem intencionados.
Bem, talvez não sejam uns génios, talvez sejam apenas gente simples que teve a oportunidade de deixar de trabalhar muito novo por ter chegado a delegado sindical e agora se vejam limitados à única coisa que sabem fazer, deixar de trabalhar. Parecem aquelas crianças que pensam em ficar doentes para toda a gente ter muita pena de as ter tratado mal.
Se a oposição percebesse que o problema dos sindicalistas era falta de capacidade para exercer a sua função, talvez propusesse formação profissional para resolver o problema. De facto, até já o fizeram, não é a UGT que está em tribunal por se ter abarbatado a pilhas de dinheiro dos fundos de coesão destinados à formação profissional? Pois, ainda bem que os tribunais também não funcionam.
Então, o governo sugere que os sindicatos provem um bocado do seu veneno. Querem fazer greve? Então façam. Se o serviço em greve for considerado essencial, o governo tem o direito de o contratar a outra entidade.
Greve das fronteiras? Depois de 5 anos sem terem de olhar para um passaporte? Muito bem. Subcontrata-se uma empresa (mais que uma para haver concorrência) para fazer o controle das fronteiras e elimina-se o SEF.
Greve da Carris? Simples, a Carris vai à falência. Os autocarros são vendidos em leilão. Na segunda-feira está tudo no lugar outra vez.
Greve dos médicos? Manda-se vir médicos do Brasil, há lá que cheguem e antes um habilidoso presente que um especialista de greve.
Vote em mim – Se a greve é uma forma dos trabalhadores demonstrarem que não se pode passar sem eles, então que se passe sem eles. Da próxima vez, talvez os sindicalistas queiram negociar.
Ele é os tipos das fronteiras, chateados porque os retiraram da sua moleza de Shenguen. Os médicos, esses pobres coitados com emprego garantido. Os polícias a ameaçarem greve às multas porque têm uma mota estragada. Os condutores da Carris, talvez aborrecidos com o trânsito. Os taxistas indignados com a perspectiva de ter de pagar impostos. A função pública, agarrada ao proverbial direito de ser promovido sem fazer nada.
Mas os piores são os tipos das empresas que vão fechar. Quem é que foi o sindicalista que se lembrou que uma greve é uma preocupação para um tipo que vai fechar uma empresa? São uns génios.
Mais geniais ainda são os sindicalistas da função pública que preferem aumentos zero para toda a gente do que aumentar apenas os trabalhadores que merecem. É o que se chama nivelar por baixo. São uns génios bem intencionados.
Bem, talvez não sejam uns génios, talvez sejam apenas gente simples que teve a oportunidade de deixar de trabalhar muito novo por ter chegado a delegado sindical e agora se vejam limitados à única coisa que sabem fazer, deixar de trabalhar. Parecem aquelas crianças que pensam em ficar doentes para toda a gente ter muita pena de as ter tratado mal.
Se a oposição percebesse que o problema dos sindicalistas era falta de capacidade para exercer a sua função, talvez propusesse formação profissional para resolver o problema. De facto, até já o fizeram, não é a UGT que está em tribunal por se ter abarbatado a pilhas de dinheiro dos fundos de coesão destinados à formação profissional? Pois, ainda bem que os tribunais também não funcionam.
Então, o governo sugere que os sindicatos provem um bocado do seu veneno. Querem fazer greve? Então façam. Se o serviço em greve for considerado essencial, o governo tem o direito de o contratar a outra entidade.
Greve das fronteiras? Depois de 5 anos sem terem de olhar para um passaporte? Muito bem. Subcontrata-se uma empresa (mais que uma para haver concorrência) para fazer o controle das fronteiras e elimina-se o SEF.
Greve da Carris? Simples, a Carris vai à falência. Os autocarros são vendidos em leilão. Na segunda-feira está tudo no lugar outra vez.
Greve dos médicos? Manda-se vir médicos do Brasil, há lá que cheguem e antes um habilidoso presente que um especialista de greve.
Vote em mim – Se a greve é uma forma dos trabalhadores demonstrarem que não se pode passar sem eles, então que se passe sem eles. Da próxima vez, talvez os sindicalistas queiram negociar.

