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Thursday, May 20, 2004

Investir é diferente de gastar 

O leitor imagine que tem uma banheira em casa. Esta parte não exige grande imaginação é verdade, mas lá chegaremos. Tem uma banheira sem tampa. Ou seja, não consegue encher a banheira porque sai tudo pelo ralo. Conclusão não pode tomar banho de imersão. O que é que faz?

A oposição acha que a solução é abrir ainda mais a torneira! Verdade, é preciso um bocado de idiotice para pensar assim. Mas segundo a oposição, a higiene é importante, o que é verdade, e como tal é necessário investir na higiene, até aí muito bem, então trata de mandar mais água pelo mesmo cano. Um espanto, gastam a água, mas banho que é bom, nada. Obviamente que a oposição não consegue esconder que não resolveu o problema. De facto o problema até fede. Deparando-se com tão maus resultados, imaginesse qual é a recomendação da oposição? Arranjar mais torneiras! Verdade!

O eleitor por esta altura já tem dúvidas do interesse deste esforço imaginativo. É completamente surrealista. Mas é exactamente assim que funciona a oposição social-burocrata. Então vejamos.

Tão importante como a higiene é, para um pais, a educação. Ora, Portugal tem um sistema de educação que é uma vergonha. Mais de metade da população não consegue preencher um formulário. Apenas 20% das pessoas andaram no ensino secundário, contra 70s% e 80s% no resto da Europa civilizada. Temos os piores resultados em tudo o que exiga usar a cabeça: Na sida, nos acidentes de carro, na toxicodependência. Ou seja, a educação em Portugal é uma banheira de ralo aberto.

E o que faz a oposição? Quer mais investimento. Quer mais torneiras! Pedem mais funcionários nos ministérios. Prometem aumentos aos professores. Enfim, confundem investir com desperdiçar. Felizmente o governo sabe que a solução é tão simples quanto tomar um duche.

Reforma educativa.

Princípios:
- Todas as crianças vão à escola dê lá por onde der.
- Os pais tem o direito de escolher a escola que os seus filhos frequentam.
- As escolas podem organizar-se como quiserem e lhes parecer melhor
- O resultado esperado de quem anda na escola é aprender coisas e isso só se verifica nos exames.

Medidas Administrativas:
- Cada escola é constituída como uma empresa independente: Municipal, Religiosa, Privada, Embaixada, Cooperativa. Tanto faz. Uma escola é uma empresa.
- O financiamento da escola é atribuído pelo nº de alunos que a frequenta. Majorado pelos resultados em exames nacionais. Quanto melhores as notas mais a escola recebe.
- Os exames nacionais, essencialmente de matemática porque são objectivos e porque é o que interessa saber, são obrigatórios e determinam a progressão dos alunos e o financiamento da escola.
- O ministério da educação apenas realiza os exames. Mais nada.
Assim as escolas competem pelos melhores alunos e por educá-los melhor. E o ministério deixa de tentar gerir dezenas de milhar de escolas e mais os respectivos programas porque é incompentente. Mais de metade do dinheiro gasto em educação é actualmente desperdiçado na máquina do ministério.

Medidas Pedagógicas
- Passa a haver exames nacionais eliminatórios na passagem de cada ciclo. E exames de aferição anuais.
- Os alunos não passam de ciclo se não passarem nos exames eliminatórios e as escolas podem reter um aluno de um ano para o outro se este não passar nos exames de aferição.
- O ensino obrigatório passa a ser de dez anos, começando aos 4. Depois há um ensino secundário de mais 3 anos. A partir do qual se entra na universidade. Um aluno só pode sair da escola depois de conseguir a aprovação nos exames finais do ensino básico ou quando atingir vinte anos. Enquanto não tiver saído da escola básica. Não pode trabalhar, votar, conduzir, sair do país sem autorização dos pais, pescar, comprar casa, comprar droga, ter sexo. Os direitos de adulto só são atribuídos a quem tiver completado a escola básica.

Vote em mim – Em vez de desperdiçar àgua a encher uma banheira sem tampa, toma-se um duche.

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