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Friday, October 01, 2004

A parábola do filho pródigo 

Imagine o eleitor que tem dois filhos. Dois, diferentes, mas parecidos, assim filhos dos mesmos pais mas cada um da sua maneira. O normal. Ou então, por estes dias, o um bocadinho mais produtivo que o normal.

Normalmente os filhos são crianças e vão fazer asneira. Tal como normalmente as mesmas crianças vão fazer coisas bem feitas. É normal. Até que um belo dia. Em plena fábula familiar, o eleitor dá por um dos rebentos a ser um malandro. Repreende-o na altura, que não se repita. O que já não é normal é o que faz de seguida, se em vez de ser um indivíduo decente, for da oposição.

Depois da reprimenda, o opositor persiste. Chegada a hora de jantar, o opositor só dá sobremesa a um filho, o outro que foi malandro, pumba, grama com a sopa, de espinafres.

Nessa mesma noite, para o malandro, não há história. Dá uma trabalheira, ter de separar as crianças, deixar uma na rua enquanto adormece a outra, mas faz-se e pela justiça.

Mais um dia passa, e o opositor não desarma. Quem foi malandro que se desenrasque com o pequeno-almoço. E a quem foi malandro, não o levam à escola. E quem foi malandro não tem canetas nem lanches. Para o opositor, ter um filho malandro dá uma trabalheira só a manter o aparteid. Tudo porque para a oposição, a justiça nunca está feita.

A oposição não percebe que o valor dos impostos existe para diferenciar quem tem menos rendimentos e quem foi um malandro e ganhou mais algum por conta de outrem.

Depois do IRS, onde uns não pagam e outros pagam e bem (diz-se que em função do ordenado). A oposição deu-lhe agora para achar que a justiça ainda tem de ser feita. E os malandros dos abonados pelo patrão, têm de pagar mais pelo autocarro, mais pela saúde, mais pela habitação, mais por tudo, pagam mais até por coisas que não queriam ter.

Claro que este surto de paranóia, serve apenas para criar mais confusão e funcionários públicos. Dentro de dias, espera a oposição colocar nos autocarros um novo revisor de cartões de contribuinte. Tal como nos hospitais a oposição sonha criar um departamento de declarações fiscais onde: “o menino tá a morrer!? Olhameste tivesse trazido o modelo 5 bem preenchido e já entrava, hómessa”.

Em conclusão, se a oposição levasse a sua avante para que serviriam os impostos? O malandro do trabalhador por conta doutra já pagou 35% dele, não é redenção suficiente? Ou tem de se continuar a penalizar. A não ser, que isto seja tudo um plano da oposição para fazer que faz.

Claro que o governo não tem que ter autocarros, nem hospitais, e por isso não tem nem oportunidade para recastigar os malandros que pagam impostos.

Vote em mim – A justiça social faz-se nos impostos, não se faz complicando os serviços.

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