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Thursday, March 10, 2005

Os portugueses não têm ajudas e isso é mau para a imagem. 

Portugal é um País que fica muito mal nas estatísticas, é uma chatice, e dá péssima imagem, mas em qualquer ranking europeu dos mais e menos, Portugal está sempre do lado errado da tabela. O pior desempenho intelectual, a pior economia, os hábitos mais perniciosos e a pior capacidade de trabalho.

Em princípio, uma análise cuidada destes rankings devia indicar o seguinte: Os portugueses são pouco inteligentes e preguiçosos. Assim se explicaria que haja a maior taxa de abandono escolar num país que gasta mais que todos a educar as poucas crianças que nascem. Assim se explica que por cá existam os mais altos níveis de dependência das drogas duras, do álcool e dos comprimidos para dormir, quando gastamos mais na saúde que qualquer dos nossos vizinhos.

Claro que isto é muito mau para a imagem, mas é certamente pior para quem vive em Portugal. Também é verdade que ninguém ajuda os coitados que se vêm nesta amargura de ser daqui, mas não são os portugueses quem se se deveriam ajudar a si próprios. E depois há os Portugueses, que nem todos serão assim, mas parece-lhes que para ser parte de um grupo se tem de ser o mais fraco de um grupo. Ainda que não tenha ficado claro neste paragrafo, o problema de Portugal são três, e são os seguintes.

Em primeiro lugar a preocupação com a “imagem” e o desinteresse pela realidade. Os portugueses passam imenso tempo a discutir o que é bom para a “imagem” e a não fazer coisas em função da “imagem” que isso ia dar. É um problema tão português que nem se está a ver como se diz “ia dar uma má imagem” em Espanhol ou Inglês. Os portugueses se querem ser um povo relevante têm de proibir-se de pensar na imagem e passar a cuidar dos factos.

E têm de o fazer sem ajudas. O segundo defeito da portugalidade. Não passa um dia sem que alguém se queixe de falta de ajuda. E passam-se todos estes dias sem que ninguém lhe devolva um ajude-se a si próprio. Os portugueses não perceberam que quando alguém pede ajuda, está a pedir dinheiro e são os portugueses que pagam essas ajudas. Por isso não há ajudas para ninguém, ajudem-se a si próprios, sozinhos.

Sozinhos, porque o terceiro extremo deste triunvirato da vil tristeza que nos governa é o corporativismo. Acontece que em Portugal é impossível haver um mau juiz sem serem todos os juízes maus. Da mesma forma que os taxistas são todos um grupo homogéneo e reclamar de um é reclamar de todos. Tal como as prostitutas, os partidos, os funcionários, os chefes, os sindicatos, tudo, todos são grupos coesos homogéneos em que nenhum consegue ser melhor do que o pior de entre eles. E como há gente muito má, são todos maus.

Enquanto for os portugueses não têm ajudas e isso é mau para a sua imagem, vamos ser uns infelizes. A solução, é cada um fazer algo por si e borrifar-se no que os outros pensam.

Votem em vocês mesmo.

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