Wednesday, April 27, 2005
É um pássaro? É um avião? É uma Autoridade Competente!
As autoridades competentes não existem. Mas há quem diga que fazem falta, já que tanta é a gente que clama por elas. Em Portugal, de cada vez que algo acontece, seja um furo de pneu a caminho do Algarve, os fogos de verão, ou a falta de um professor de matemática na escola secundária do Cacém. Todos clamam pela Autoridade Competente. Que esta tome atenção, que intervenha, que planifique e fiscalize.
Ora, duas considerações. A primeira. Uma Autoridade Competente é uma coisa que não existe, é um mito, uma ilusão, um bode expiatório. Segunda, A Autoridade Competente é uma contradição em termos.
Em termos concretos, uma autoridade é quem manda. E competente é quem faz. Ora, se a autoridade é competente então como é que ficou por fazer? Foi por falta de autoridade ou por falta de competência? Uma coisa é certa, se não ficou feito, se o povo clama pela Autoridade Competente, então quer dizer que a Autoridade Competente não existe. QED.
Metafísica à parte, considere-se o seguinte. Porque é que o problema é dos outros? Ao longo dos últimos 40 anos, a oposição, inclusivamente os palradores da inteligentia de pacotilha, acarinharam a seguinte conclusão: “O importante é o planeamento, a organização”. Vai daí tentaram organizar tudo sob a alçada de um estado nacionalista e corporativo. Não resultou. Então tentaram organizar tudo num regime de economia planificada pro-comuna. Não resultou. Agora tem andado a tentar organizar tudo num estado pro-social regulador. Surpresa, não resultou.
Ou seja, antes do 25 de Abril a organização era a corporação. Depois do 25 de Abril era o estado, depois da CEE vieram os institutos e as entidades reguladoras. O resultado, sempre o mesmo. A organização não funcionou, os recursos foram desperdiçados, criou-se máquinas burocráticas gigantes e falta sempre uma Autoridade Competente.
Ora, o Primeiro Ministro sabe que as Autoridades Competentes são como o Pai Natal, na verdade não existem e como tal servem apenas para dar emprego a uma data de barrigudos. Por isso veja-se a seguinte medida. Todos os institutos são extintos. O estado passará a financiar/regular (organizar) a actividade (a própria e a dos outros) através de:
- Não-interferência na gestão
- Pagamento por tarefa/objectivos.
- Garantia de alternativa e concorrência.
Vote em mim – Se o sistema se corrompe num esquema. Não se criam sistemas.
Ora, duas considerações. A primeira. Uma Autoridade Competente é uma coisa que não existe, é um mito, uma ilusão, um bode expiatório. Segunda, A Autoridade Competente é uma contradição em termos.
Em termos concretos, uma autoridade é quem manda. E competente é quem faz. Ora, se a autoridade é competente então como é que ficou por fazer? Foi por falta de autoridade ou por falta de competência? Uma coisa é certa, se não ficou feito, se o povo clama pela Autoridade Competente, então quer dizer que a Autoridade Competente não existe. QED.
Metafísica à parte, considere-se o seguinte. Porque é que o problema é dos outros? Ao longo dos últimos 40 anos, a oposição, inclusivamente os palradores da inteligentia de pacotilha, acarinharam a seguinte conclusão: “O importante é o planeamento, a organização”. Vai daí tentaram organizar tudo sob a alçada de um estado nacionalista e corporativo. Não resultou. Então tentaram organizar tudo num regime de economia planificada pro-comuna. Não resultou. Agora tem andado a tentar organizar tudo num estado pro-social regulador. Surpresa, não resultou.
Ou seja, antes do 25 de Abril a organização era a corporação. Depois do 25 de Abril era o estado, depois da CEE vieram os institutos e as entidades reguladoras. O resultado, sempre o mesmo. A organização não funcionou, os recursos foram desperdiçados, criou-se máquinas burocráticas gigantes e falta sempre uma Autoridade Competente.
Ora, o Primeiro Ministro sabe que as Autoridades Competentes são como o Pai Natal, na verdade não existem e como tal servem apenas para dar emprego a uma data de barrigudos. Por isso veja-se a seguinte medida. Todos os institutos são extintos. O estado passará a financiar/regular (organizar) a actividade (a própria e a dos outros) através de:
- Não-interferência na gestão
- Pagamento por tarefa/objectivos.
- Garantia de alternativa e concorrência.
Vote em mim – Se o sistema se corrompe num esquema. Não se criam sistemas.
Pequena nota regional.
Em cima da arriba, junto à marginal, estão a construir um “Centro de Interpretação Ambiental”.
Devia ser no gozo, mas não é.
Devia ser no gozo, mas não é.
Monday, April 04, 2005
Salve as nomeações
Em todos os períodos pós-eleitoriais, os novos governantes anunciam uma irrepreensível vontade de limitar os cargos de nomeação politica. E o povo cai na esparrela de achar que isso é bom e para o bem.
A triste realidade é que os trastes que ocupam o poder, querem acabar com as nomeações apenas para que os próximos que os substituam, não substituam os seus. Confuso. Não, tristemente simples: quando um cargo, por exemplo, o chefe de Secção de Expediente, Arquivo e Assuntos Gerais (e não é que existe semelhante criatura no Ministério da Agricultura) deixa de ser nomeação significa que o caramelo que para lá foi pastar nunca mais de lá pode sair. E assim, o que antes era uma nomeação de dano limitado a uma legislatura, passa a ser um direito adquirido vitalício sustentado pelos contribuintes.
Claro que o Primeiro-Ministro, vai acabar com a mama do ordenado vitalício. Todos os cargos superiores da administração pública são de nomeação. A qualquer altura os titulares podem ser removidos das suas funções e voltar ao buraco administrativo de onde voltaram.
E ainda... se der muito trabalho nomear pessoas todos os 4 anos é porque o estado se está a meter onde não devia e tem de entregar a gestão do serviço a privados, concorrenciais entre si e pagos à peça.
Vote em mim – O estado só faz o que tem mesmo de fazer.
A triste realidade é que os trastes que ocupam o poder, querem acabar com as nomeações apenas para que os próximos que os substituam, não substituam os seus. Confuso. Não, tristemente simples: quando um cargo, por exemplo, o chefe de Secção de Expediente, Arquivo e Assuntos Gerais (e não é que existe semelhante criatura no Ministério da Agricultura) deixa de ser nomeação significa que o caramelo que para lá foi pastar nunca mais de lá pode sair. E assim, o que antes era uma nomeação de dano limitado a uma legislatura, passa a ser um direito adquirido vitalício sustentado pelos contribuintes.
Claro que o Primeiro-Ministro, vai acabar com a mama do ordenado vitalício. Todos os cargos superiores da administração pública são de nomeação. A qualquer altura os titulares podem ser removidos das suas funções e voltar ao buraco administrativo de onde voltaram.
E ainda... se der muito trabalho nomear pessoas todos os 4 anos é porque o estado se está a meter onde não devia e tem de entregar a gestão do serviço a privados, concorrenciais entre si e pagos à peça.
Vote em mim – O estado só faz o que tem mesmo de fazer.