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Saturday, March 19, 2005

Não há justiça... 

...que resista, à legislação. Por algum azar da vida, suspeita-se que seja porque houve advogados envolvidos no processo. Em Portugal os bens não são retirados ao proprietários para pagar dividas.

Por causa disso, todos os condutores cumpridores pagam qualquer coisa como um extra de 20% no seu seguro automóvel para financiar o fundo de garantia.

O fundo de garantia serve para pagar as responsabilidades de outros automobilistas que não têm seguro (obrigatório) e andam de carro.

Como esta malteza que anda de carro sem seguro é pouco civilizada, têm muitos acidentes. E como não têm seguro, os danos são pagos pelos otários dos cumpridores.

Perem lá! Mas os tipos sem seguro não estavam de carro? Então porque é que não se lhes tira o carro para pagar os danos que causaram? Era bom que fosse porque o valor do carro não paga o acidente, mas não.

É porque não se pode tirar nada a ninguém sem ordem de um juiz, ordem essa que demora a obter anos suficientes para os carros apreendidos não terem valor.

Claro que o Primeiro Ministro sabe que os bens têm de ser vendidos automaticamente assim que se entre em incumprimento de pagamentos.

Vote em mim – Portugal tem os piores pagadores da Europa e isso sai muito caro aos outros.

Tuesday, March 15, 2005

Não há lei que proteja as pessoas da sua ignorância 

Alguns sectores da sociedade (a oposição) acha que a lei, o estado, devem proteger os cidadãos de si próprios. São essas as leis que dizem que é proibido um tipo suicidar-se, que faz mal um caramelo drogar-se, que o crédito ao consumo deve ser proibido, que os remédios não podem estar ao alcance das pessoas e tudo porque essas pessoas fazem mal a si próprias.

Qualquer dose de honestidade intelectual e bom senso deveria elucidar os demais que, se as pessoas são tão estúpidas que se prejudicam estão no seu direito. Mais, se alguém faz dinheiro explorando a estupidez dos outros isso chama-se capitalismo, o único sistema social que funciona.

A opção é muito simples, ou enriquecem uns explorando a estupidez dos outros, ou é a estupidez dos outros que nos governa e nos limita o direito a não ser estúpido. Têm duvidas. Repare-se. Para evitar que um caramelo qualquer compre 30 caixas de benuron em formato supositório e se tente suicidar com isso, toda a gente tem de comprar os seus remédios nas farmácias pagando mais por um serviço que não recebe. Outro exemplo, para evitar que um imbecil perca a sua casa e carro porque foi a Cancun com um crédito a 30% de juros, os bens pessoais não podem ser expropriados e as casas ficam a cair de podres em vez de voltarem ao mercado. E há ainda o caso mais comum, como um quarentão babão não pode ser despedido por ser incompetente (que heresia esperar que alguém que tem um emprego saiba fazer o que lhe pedem) mais de metade dos menores de 30 anos estão a prazo nos respectivos empregos.

Enfim, se alguém é tão estúpido para jogar no casino dinheiro que lhe faz falta para outras coisas, não é senão justo que o dinheiro lhe falte para outras coisas. Abençoado casino que repõe o mérito no mundo privando de dinheiro quem claramente não tem capacidade para o ter, sabe-se lá onde o ia gastar!

Isto tudo para dizer que as leis servem para nos proteger nos outros e não para os proteger de si próprios.

Thursday, March 10, 2005

Os portugueses não têm ajudas e isso é mau para a imagem. 

Portugal é um País que fica muito mal nas estatísticas, é uma chatice, e dá péssima imagem, mas em qualquer ranking europeu dos mais e menos, Portugal está sempre do lado errado da tabela. O pior desempenho intelectual, a pior economia, os hábitos mais perniciosos e a pior capacidade de trabalho.

Em princípio, uma análise cuidada destes rankings devia indicar o seguinte: Os portugueses são pouco inteligentes e preguiçosos. Assim se explicaria que haja a maior taxa de abandono escolar num país que gasta mais que todos a educar as poucas crianças que nascem. Assim se explica que por cá existam os mais altos níveis de dependência das drogas duras, do álcool e dos comprimidos para dormir, quando gastamos mais na saúde que qualquer dos nossos vizinhos.

Claro que isto é muito mau para a imagem, mas é certamente pior para quem vive em Portugal. Também é verdade que ninguém ajuda os coitados que se vêm nesta amargura de ser daqui, mas não são os portugueses quem se se deveriam ajudar a si próprios. E depois há os Portugueses, que nem todos serão assim, mas parece-lhes que para ser parte de um grupo se tem de ser o mais fraco de um grupo. Ainda que não tenha ficado claro neste paragrafo, o problema de Portugal são três, e são os seguintes.

Em primeiro lugar a preocupação com a “imagem” e o desinteresse pela realidade. Os portugueses passam imenso tempo a discutir o que é bom para a “imagem” e a não fazer coisas em função da “imagem” que isso ia dar. É um problema tão português que nem se está a ver como se diz “ia dar uma má imagem” em Espanhol ou Inglês. Os portugueses se querem ser um povo relevante têm de proibir-se de pensar na imagem e passar a cuidar dos factos.

E têm de o fazer sem ajudas. O segundo defeito da portugalidade. Não passa um dia sem que alguém se queixe de falta de ajuda. E passam-se todos estes dias sem que ninguém lhe devolva um ajude-se a si próprio. Os portugueses não perceberam que quando alguém pede ajuda, está a pedir dinheiro e são os portugueses que pagam essas ajudas. Por isso não há ajudas para ninguém, ajudem-se a si próprios, sozinhos.

Sozinhos, porque o terceiro extremo deste triunvirato da vil tristeza que nos governa é o corporativismo. Acontece que em Portugal é impossível haver um mau juiz sem serem todos os juízes maus. Da mesma forma que os taxistas são todos um grupo homogéneo e reclamar de um é reclamar de todos. Tal como as prostitutas, os partidos, os funcionários, os chefes, os sindicatos, tudo, todos são grupos coesos homogéneos em que nenhum consegue ser melhor do que o pior de entre eles. E como há gente muito má, são todos maus.

Enquanto for os portugueses não têm ajudas e isso é mau para a sua imagem, vamos ser uns infelizes. A solução, é cada um fazer algo por si e borrifar-se no que os outros pensam.

Votem em vocês mesmo.

Monday, March 07, 2005

Os génios que medem este país: 

Este fim-de-semana no “saco de plástico” vem um inquérito realizado a 12 sumidades do pais, em apenas uma página, e com gente da esquerda à direita fica demonstrado o problema de Portugal: Somos burros.

A pergunta era: - “Sugira uma medida para combater o desemprego” e em 12 entrevistados, apenas 5 (menos de metade) conseguiram sugerir uma medida, os outros responderam com “crescimento”.

O Governo sabe que os economistas se sentem pequenos frente á realidade e incapazes de influenciar sequer a roupa que vestem, no entanto, ó meus senhores, “uma medida” é uma coisa que se faz e “crescimento” é algo que resulta do que se faz. É espantoso que 7 sumidades incluindo 4 ex-ministros das finanças não são capazes de indicar uma coisa que pudesse ser feita.

Claro que o Primeiro Ministro tem a solução:
Para haver redução do desemprego tem de haver mais sítios onde trabalhar, logo é preciso criar novos negócios aumentando a concorrência, pelo que a medida é: “desregulamentação”.
Sim, se os horários do comércio fossem livres, os hiper e supermercados abririam aos domingos à tarde (criando uma data de empregos), haveria muito mais lojas a funcionar 24 horas por dia (criando mais empregos), a abertura de bombas de gasolina deixaria de ser um exclusivo das 3 gasolineiras (criando ainda mais empregos), haveria espaço para lançar mais um operador de telemóveis (idem, que já ficaram dois pelo caminho por bloqueio burocrático) e toda a gente podia abrir uma farmácia (em Portugal há metade das farmácias per capita do que há em Espanha, são muitos empregos para farmacêuticos), etc....

Vote em mim – As medidas tomam-se.

Wednesday, March 02, 2005

Tanto como no Íbis 

Em Portugal um prisioneiro custa a todos os contribuintes a módica quantia de 40€ por dia. Sim 8 contos de diária. O equivalente a uma noite no Íbis. Se a este facto juntarmos que: além de não haver memória de ninguém ter saído mais produtivo do que entrou na prisão Portugal tem o maior número de presos per capita da Europa ocidental.

Resultado. A prisão é uma brincadeira cara. Custa praí 1,6% do PIB, o suficiente para não haver problemas de deficit.

Enquanto a oposição acha que o problema se resolve ou libertando toda a gente ou aumentado as penas para fazerem mais medo (do Ibis?), O Primeiro Ministro sabe que a solução passa pela obrigatoriedade de trabalhar.

Cada condenado judicial verá a sua pena transformada num preço equivalente ao dano que causou na sociedade e terá de pagar com trabalho pelo valor da pena. Além do alojamento. Assim a mão-de-obra prisional, tem de trabalhar para ser livre e comer todos os dias e ter onde dormir (afinal como o resto das pessoas).

Vote em mim – As minas desactivadas eram um bom sítio para fazer complexos prisionais.

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