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Friday, July 28, 2006

Demissão 

Por manifesta falta de interesse público (e do público) o governo demite-se e vai a banhos. Fiquem com as férias judiciais, com as maternidades geriáticas, com os direitos adquiridos, com as leis das leis, os sindicalistas profissionais e os empregos sem trabalho.

Mais cedo ou mais tarde, cada país tem o governo que merece.

Friday, May 19, 2006

Fechem as maternidades 

O país real tem andado entretido com um debate surrealo-estético sobre o fecho das maternidades. De todos os lados vêm se debatidos argumentos ao nível intelectual de um peru embriagado de cabeça perdida por um porco espinho calvo. Ele é que 20 quilómetros ao lado e o nascimento já sai diferente. Que uma cidade tem de ter maternidade, mas não importa que não tenha empresas. Que do outro lado do monte as crianças nascem ainda mais burras. E demais variações do tema: um polícia em cada esquina e uma maternidade em cada quarto.

Isto de ter primos direitos a fazer de avós acaba por ter destes problemas e está por demais visto que as maternidades deviam fechar todas. Sim todas. O estado não tem nada que ser dono de maternidades. Tal como não tem que ser dono de cemitérios, nem de redes de telemóvel. O estado limita-se a aplicar aquilo que faz sentido aplicar em todos os negócios:
- garantir a qualidade mínima dos serviços (não a sua quantidade máxima)
- pagar o usufruto dos serviços por quem deles precisa.

Por medida do Primeiro Ministro as parturientes do país receberão uma comparticipação pela realização do parto. Depois escolhem fazer o parto num dos muitos hospitais e maternidades privados, cooperativos ou sociais que existirão pelo país. Serviços concorrenciais onde a única intervenção do estado é garantir o cumprimento das regras de segurança e de qualidade.

Curiosamente a oposição e a multidão ululante que vai de carreira para manifs, encomendados por comerciantes preocupados com as vendas locais de pasteis de nata, não parecem nada preocupados com a qualidade do serviço prestado nas suas maternidades. Querem é tê-la perto de casa, deve ser para terem pouco trabalho nas deslocações aos cuidados intensivos.

Vote em mim – Nasce onde quiser, não onde a associação dos comerciantes da sua terra o mandar.

Monday, April 10, 2006

Emigra São 

Alguns portugueses deixam bem claro porque é que a gripe das aves é um risco global. Com as cabeças de galinha que carregam aos ombros, não é sequer precisam uma mutação do virus para ficarem tão constipados quanto um ganso croata.
No entanto, não há razão para alarme, pois gente do calibre intelectual como os que se queixam ao Primeiro Ministro dos imigrantes, não faz falta a nenhuma sociedade. Além de que, tal como os perús, esta malta demonstra-se capaz de andar tempos a fim sem a cabeça.

Tivessem memória e esses ex-eleitores e descobririam o seguinte:
- Das suas famílias foram os únicos que não tiveram nem a coragem, nem a decência de emigrar.
- Os seus níveis de vida actuais são sustentados por gente que trabalha (tanto por portugueses no estrangeiro, como por estrangeiros em Portugal).
- Se há em Portugal desempregados e imigrantes ao mesmo tempo é porque os desempregados não querem os trabalhos que por cá fazem os imigrantes.

Resultado, em vez de cair na argumentação do intestino grosso que é querer mandar de volta os imigrantes para a terra deles, deveriam estes neo-nacionalistas imbecis aprender que: Não há nada português em explorar um estrangeiro só porque o pobre não tem uma situação legalizada. Os portugueses são um povo de emigrantes, têm de ter pelo menos a mínima decência de aceitar os imigrantes de braços abertos e bico calado. Por isso mesmo, o Governo sabe muito bem como resolver o problema do binómio desemprego/imigração.

Para a emigração:
1) Criação de uma licença de trabalho acessível a todos os estrangeiros contra o pagamento de 25 euros por mês (além dos impostos e demais traquitanas do cumprimento da lei).
2) Deportação imediata de tantos quantos não paguem a licença de trabalho e multas para os que lhes dão trabalho ilegal.
Para o desemprego:
1) Obrigatoriedade de aceitar qualquer emprego que seja oferecido
2) Obrigatoriedade de fazer trabalho de índole comunitário enquanto receber dinheiro do subsídio de desemprego.

Vote em mim – Os problemas resolvem-se.

Friday, March 31, 2006

Será Português viver à conta dos outros portugueses? 

-----Mensagem original-----De: Eleitor IdentificadoPara: Primeiro MinistroAssunto: Portugal sem governo

Sr. 1º. Ministro, venho assim demonstrar o meu desprezo pelo Governo
que governa Portugal, sou directo desprezo por si próprio. Sou um português
normal, mas estou sempre acompanhando a inclinação do barco até o ver cair, é
assim que eu vejo este Portugal. Sr. 1º. Ministro, o que vai ser dos
portugueses que estão a ser deportados do Canadá? Acha que essa Lei de dar a
nacionalidade a tudo e todos, incluindo a gripe das aves, está correcta? Pois
saiba que qualquer dia tem cá todos os guineenses e S. Tomenses,
principalmente as mulheres, vem cá parir os filhos para depois serem
naturalizados portugueses, eu sei porque os oiço a falar sobre esse assunto,
caso assim seja, o que vai dizer você ao povo português? Mentir como fez na
Campanha Eleitoral? Não vai ser fácil.
Desde já lhe digo, mudem essa Lei demagoga enquanto há tempo. Por acaso sabia
que estão a cortar as reformas aos portugueses vindos da Suiça? Não? Se sim
está bem informado, se não, está muito mal informado.
Sr. 1º. Ministro espero que saiba resolver oe problemas dos emigrantes
portugueses que estão a ser deportados, como sabe resolver os dos imigrantes
que estão a destruir esta Nação chamada Portugal.
Lembre-se, sou um cidadão normal, mas estou revoltado com as Leis dos
anteriores e presentes governos, espero que achem uma solução rápida, se não
for conseguida, há a demissão, será o melhor a fazer.
A Bem da Nação

Viva Portugal

Ex-eleitor identificado

-----Mensagem original-----Para: Eleitor Identificadode: Primeiro MinistroAssunto: RE: Portugal sem Governo.


Caro Ex-Eleitor.

O senhor está baralhado, bastante até, temos pela sua capacidade de acertar com o sentido na auto-estrada.
Com que então acha mal que os Canadianos expulsem os Portugueses e que os Suíços retirem as reformas. Isto ao mesmo tempo que acha mal que Portugal não dê nacionalidade a miúdos que nasceram por cá, fizeram a vida toda por cá e apenas têm o azar de não saber jogar à bola? Não se trata sequer de dois pesos e duas medidas, trata-se de uma incapacidade desviar a atenção do umbigo para limpar o rabo.

O Governo já anunciou que ser português não tem nada a ver com a cor da pele ou os casamentos entre-primos numa qualquer aldeia das beiras. Ser português tem tudo a ver com trabalhar por e para Portugal. Pagar impostos, cumprir a lei, apoiar a selecção, saber falar português.

Assim, todos os imigrantes serão bem vindos desde que paguem uma taxa de residência equivalente às regalias sociais inerentes a cá estar. Tão simples quanto isso. Por outro lado, independente de quem é o pai, ou de onde nasceu. Se vive à conta dos outros e não trabalha (tipo desempregado profissional ou funcionário público do carimbo amarelo) considere que a
sua autorização de residencia está em risco.

Atenciosamente
O primeiro Ministro.

Simplex e PRACE 

Se todos os anos (ok, de dois em dois anos chegava) for feito um par destas iniciativas, Portugal até podia tornar-se num País bem governado.

A melhor qualidade do Simplex e do PRACE é que existem.
O seu pior defeito é que não se está já a preparar o Simplex 2008.

Wednesday, March 22, 2006

Os ex-eleitores não vêm para além dos seus (enormes) rabos 

-----Mensagem original-----
De: Eleitora Identificada
Para: Primeiro Ministro
Assunto: Entrega do Cartão ADMG

É com muita revolta e indignação que venho manifestar o meu desagrado pela entrega do cartão da AGDM de que era benificiária, pelo meu marido que é Força militar do nosso País.
Como é que é possivel o nosso estado retirar um sistema de comparticipação, ás esposas dos Homens que lutam e velam pelo cumprimento das leis no nosso País? Não é pelo valor das comparticipações anuais das esposas dos militares que o nosso País ia ficar mais pobre! Seria Sr. Ministro? Ou será que é por este valor que V. Exa deixa de comprar mais 1 ou 2 veiculos Mercedes?
Os nossos militares e suas familias já têm tão poucas regalias ou quase nenhumas e ainda por cima as que têm lhes são retiradas.
Deviam pensar nas consequências, que poderão advir pela retirada deste subsistema de saúde. A quantidade de familias que vão deixar de poder ser assistidas por médicos das especialidades!
É certo que se as vossa familias directas, usufruissem deste sistema de saúde, que ele não acabaria!!!
É com mágoa que digo esta mensagem, mas é simplesmente o que sinto: Cada dia que passa é mais dificil assumirmos a nossa Nacionalidade, e tristeza pelo País onde vivemos!

Assinado:
A esposa de um militar (GNR)
--

-----Mensagem original-----
Para: Eleitora Identificada
de: Primeiro Ministro
Assunto: RE: Entrega do Cartão ADMG.

Cara Senhora Ex-Eleitora,

Perguntam os contribuintes portugueses o que terá feito a senhora pelo país para que a sua saúde seja paga por todos?
Percebemos da sua missiva que o seu marido terá feito algumas coisas indefenidas pelo pais, “é força militar”, talvez tenha estado numa missão de paz, talvez seja um sóbrio GNR, enfim, vamos assumir que merece o ordenado que recebe.
Agora não percebemos como é que a senhora, pelos serviços que presta ao seu marido recebe algo de todos os contribuintes. É realmente pouco claro, como é que alguém tem direito a tratamento de saúde especial só porque é conjugue de um funcionário público.
Já para não falar de haver funcionários de primeira e funcionários de segunda que têm sistema de saúde diferentes. Mais complicado ainda é tentar perceber porque é que há para os funcionários do estado, vários sistemas de saúde idênticos mas geridos de forma diferente, com as suas diferentes máquinas burocráticas, acabando por ter custos redundantes e diferentes.
Que o seu marido, por ser força militar esteja aborrecido por perder o AGDM e passar para o ADSE como todos os outros funcionários, até podemos compreender, não aceitar, que é uma decisão completamente justa, mas compreender.
Agora que a Exma. Ex-eleitora esteja aborrecida por só agora lhe retirarem um privilégio que nunca deveria ter tido, isso é que nos espanta.

Atenciosamente
O primeiro Ministro
(Que não gosta nem de Mercedes nem de demagogia e que entende que as despesas do estado pagam os contribuintes, por isso, para pagarmos menos impostos temos de cortar nas despesas.)

Saturday, March 11, 2006

Lojas Saudade 

O estado é uma organização reconhecida por persistir em ideias ultrapassadas e sustentar inúteis acabados. Mas mesmo para os padrões arcaicos do estado, dentro do estado, existe uma organização que desafia a média.

Essa organização é o Ministério dos Negócios Estrangeiros mais a sua rede chupista de embaixadas, consulados e adidos espalhados pelo mundo a fazer já nem eles sabem bem o quê.

Antigamente, as embaixadas, eram importantes pontos de contacto e representação dos interesses nacionais junto dos governos amigos (e por vezes dos inimigos), mas isso foi antes de inventarem o telefone. Pois foi, desde que o telefone se tornou uma coisa vulgar, há cerca de 100 ano atrás, as embaixadas deixaram de ter qualquer utilidade. Ou será que alguém acredita que quando o W.Bush quis ir brincar aos cóbois para o Iraque a embaixada portuguesa serviu para alguma coisa? Mesmo que a decisão tenha sido tomada nos Açores e sobre um belíssimo café servido pelo infatigável Barroso, a embaixada não serviu para nada. Estas coisas tratam-se directamente, com as pessoas envolvidas e não através de um qualquer lacaio funcionário público.

A inutilidade do aparelho diplomático é tão evidente que, quando ele é preciso, consegue não estar por perto. Foi o caso do embaixador português na Tailândia que, 3 semanas depois do tsunami, ainda estava de férias. Férias do quê, bem que pode se perguntar.

É que neste mundo globalizado, a queda das fronteiras e a Internet (estas invenções são mais recentes é verdade) deitaram por terra a última utilidade das embaixadas, que era a função de passar vistos (ou melhor de não os passar, que os vistos servem precisamente para evitar que as pessoas os tenham). Agora, não passar um visto (curioso como o objectivo dos diplomatas envolve sempre o não fazer), dizia-se, agora o acto de passar um visto pode facilmente ser feito pela Internet, com uma poupança de recursos bem interessante.

Se mais exemplos fossem precisos, talvez não fosse de desdenhar que Portugal tem em Copenhaga 5 funcionários para uma comunidade local que não ultrapassa as duas dúzias de pessoas e numa cidade onde os tugas nem precisam de passaporte, pagam com euros e nem sequer existe onde se possa assistir a um BenficaxSporting pela televisão.

Estando demonstrado que o aparelho diplomático não passa de uma gigante chulice instituída, o Primeiro Ministro vai acabar com a mama. Para tal, todas as embaixadas e consulados serão convertidos em lojas de produtos portugueses. Em vez de servirem para albergar deputadas fatigadas como adidas culturais (é impossível ser mais irónico com este caso), as embaixadas e os consulados serão transformados em “Lojas Saudade” onde se pode comprar SGs e Sagres, vinho do Dão, reservar bilhetes na TAP, marcar férias nas Pousadas, ou comer bacalhau. Os diplomatas, seriam todos despedidos e substituídos por afáveis e fluentes empregados de hotelaria, do tipo que Portugal tem espalhados por toda a parte e que tratarão de marcar férias em Portugal aos estranjas e de lhes vender segundas habitações neste pacifico rectângulo à beira mar plantado. Ou seja, de fazer algo de útil pelos que cá vivem e lhes pagam os ordenados.

Quem sabe, se as Lojas Saudade até se tornam um bom negócio, verdadeiramente lucrativo. Mas nem sequer precisam, só com esta pequena mudanças, de acabar com o corpo diplomático Portugal eliminava o seu deficit orçamental.

Vote em mim – A não ser que pertença ao corpo diplomático, pois corre o risco de ter de encontrar um emprego honesto.

Lojas Saudade 

O estado é uma organização reconhecida por persistir em ideias ultrapassadas e sustentar inúteis acabados. Mas mesmo para os padrões arcaicos do estado, dentro do estado existe uma organização que desafia a lógica.

Essa organização é o Ministério dos Negócios Estrangeiros mais a sua rede chupista de embaixadas, consulados e adidos espalhados pelo mundo a fazer já nem eles sabem bem o quê.

Antigamente, as embaixadas, eram importantes pontos de contacto e representação dos interesses nacionais junto dos governos amigos (e por vezes dos inimigos), mas isso foi antes de inventarem o telefone. Pois foi, desde que o telefone se tornou uma coisa vulgar, à cerca de 100 ano atrás, as embaixadas deixaram de ter qualquer utilidade. Ou será que alguém acredita que quando o W.Bush quis ir brincar aos cóbois para o Iraque a embaixada portuguesa serviu para alguma coisa? Mesmo que a decisão tenha sido tomada nos Açores e sobre um belíssimo café servido pelo infatigável barroso, a embaixada não serviu para nada. Estas coisas tratam-se directamente, com as pessoas envolvidas e não através de um qualquer lacaio funcionário público.

A inutilidade do aparelho diplomático é tão evidente que, quando ele é preciso, consegue não estar por perto. Foi o caso do embaixador português na Tailândia que, 3 semanas depois do tsunami, ainda estava de férias. Férias do quê, pode se perguntar.

É que neste mundo globalizado, a queda das fronteiras e a Internet (estas invenções mas recentes é verdade) deitaram por terra a ultima utilidade das embaixadas, quer era passar vistos (ou melhor para não os passar, que os vistos servem precisamente para evitar que as pessoas entrem). Agora, não passar um visto (curioso como o objectivo dos diplomatas é sempre algo que não devem fazer), dizia-se, passar um visto pode ser feito pela Internet, com uma poupança de recursos bem interessante.

Se mais exemplos fossem precisos, talvez não fosse de desdenhar que Portugal tem em Copenhaga 5 funcionários para uma comunidade local que não ultrapassa as duas dúzias de pessoas e numa cidade onde os tugas nem precisam de passaporte, pagam com euros e nem sequer existe onde se possa assistir a um BenficaxSporting pela televisão.

Estando demonstrado que o aparelho diplomático não passa de uma gigante chulice instituída, o Primeiro Ministro vai acabar com a mama. Para tal, todas as embaixadas e consulados serão convertidos em lojas de produtos portugueses. Em vez de servirem para albergar deputadas fatigadas como adidas culturais. (não é possível ser mais irónico com este detalhe) as embaixadas e os consulados serão transformados em “Lojas Saudade” onde se pode comprar SGs e Sagres, vinho do Dão, reservar bilhetes na TAP e marcar férias nas Pousadas, ou comer bacalhau. Os diplomatas, seriam todos despedidos e substituídos por afáveis e fluentes empregados de hotelaria que tratarão de marcar férias em Portugal e de vender segundas habitações neste pacifico rectângulo à beira mar plantado.

Quem sabe, se as Lojas Saudade até se tornam um bom negócio, lucrativo. Mas nem precisam, só com esta pequena mudança, eliminava-se o deficit orçamental.

Vote em mim – A não ser que pertença ao corpo diplomático, corre o risco de ter de encontrar um emprego honesto.

Wednesday, February 22, 2006

Nuclear Sim Obrigado, 

Infelizmente não existe nenhuma razão inteligente, nem uma pouco inteligente, ou mesmo até alguma já pouco razoável, para não fazer uma central nuclear em Portugal.

Pronto, é verdade, fica logo tudo em alvoroço, quais pers decapitados para a consoada, só com a ideia de fazer uma central nuclear, mas quem assim reage, faz favor de perceber uma coisa: é muito pouco esperto.

Todos os defensores do nuclear não defendem o nuclear, defendem antes que se estude o nuclear. E porquê? Porque sabem que qualquer estudo, qualquer raciocínio, qualquer reflexãozita passageira sobre o assunto chega sempre à mesma conclusão. Portugal deve fazer uma central nuclear. Antes é melhor do que depois.

Ora, se basta usar momentaneamente a caixa de eco de trás dos olhos para chegar à conclusão que Portugal devia ter uma central nuclear. Porque é que o assunto não se aborda directamente e porque é que há tantos opositores ao nuclear?

Por duas razões:
Primeiro, porque os opositores ao nuclear são como o Carvalho da Silva, sabem que o que defendem é completamente ignaro, mas se não defendessem isso não eram ninguém e tinham de arranjar um emprego honesto, coisa para o qual não estão minimamente capacitados.
Segundo, porque o assunto do nuclear é como as marquises, toda a gente é contra que se faça apesar de a querer ter uma para guardar uns desperdícios de móveis. Ou seja, nenhum governante com amor ao voto irá alguma vez mexer nesses ninhos de vespas e baratas que são as marquises.

Em conclusão, o assunto nuclear é puramente um assunto de relações públicas. Quem é minimamente inteligente para poder usar um sanitário consistentemente sozinho sabe que:
- Portugal tem falta de energia própria e gasta o que tem e que não tem a comprar petróleo aos ayatolas.
- Portugal consome menos energia do que todos os seus vizinhos, por isso não é possível baixar o consumo per capita.
- As energias alternativas só são relevantes se alcatifar-mos o País com painéis fotovoltaicos e se impuser a máxima “cada poste cada ventoinha”
- Portugal, por via dos espanhóis, já tem todas as desvantagens de uma central nuclear e nenhuma das vantagens.

Assim sendo, é tão óbvio que Portugal precisa de uma central nuclear, como é obvio que o assunto é apenas uma batalha de relações públicas, como é também óbvio que votar em mim é melhor do que votar nos outros.

Saturday, January 28, 2006

Precisamos mesmo? 

De um Presidente da República?
Do Tribunal de Contas?
Da Procuradoria Geral da República?
Do Supremo Tribunal de Justiça?
De 5000 Juntas de Freguesia?
De 300 e tal Câmaras?
De 3 Chefias militares?
De GNR e PSP ao mesmo tempo?
De ninguém sabe quantos institutos e entidades, e organismos?
De Direcções Gerais atrás de Direcções Gerais?
(Na Rua dos Fanqueiros há um Lugar de Estacionamento reservado para uma “DGDR – Direcção Geral das Direcções Regionais”, é verídico!
De Comissões Coordenadoras Regionais?

Ou não seria melhor para todos fazer um bocadinho de reengenharia dos processos e eliminar (pelo menos) metade dos organismos e organigramas?

Vote em mim – Porque nos outros vota em pelo menos dois para cada lugar.

Monday, January 23, 2006

A multa Operativa 

Quem tem um carro é culpado. Ou é culpado de não pagar o parquímetro, exceder o limite de velocidade, cruzar num amarelo tinto, etc. Ou então é porque ainda não chegou a onde queria ir. É ao volante que se verifica que os portugueses são mouros infiltrados na Europa. Temos mais carros por quilómetro de estrada , mais acidentes, mais trânsito, mais buracos, mais em tudo o que não devíamos ter. A oposição acha que a solução é ter um código de estrada punitivo, GNR/BTs barrigudos mal pagos e corruptos, um sistema de multas sem cadastro em que só paga quem quer e aplicar a velha máxima hipócrita da vista grossa às leis pesadas. Se a oposição acha mesmo que a velocidade máxima deve ser 120km/hora então porque é que não coloca limitadores de velocidade nos carros? Hipocrisia pois claro.O Governo sabe que fazer leis para serem ignoradas levam a ignorar todas as leis. Por isso, ou a lei se aplica ou se acaba com a lei. Medidas do primeiro-ministro para domesticar o trânsito:- Anulação das regras que ninguém cumpre (estacionamento no passeio, velocidade na auto-estrada, horários dos camiões, etc).- Cobrar as multas (cobrança automática das multas no banco ou na conta do IRS/Seg-Social).- Instalação maciça de inibidores (pinos nos passeios, rotundas nos cruzamentos, câmaras nos semáforos, etc.)- Portagens em tudo quanto é via rápida e estrada congestionada (esquemas do género do “congestion charge” de Londres). Vote em mim – Um governo que só obriga aquilo que exige, num estado onde não compensa fugir à regra. Se não é obrigado a fazer não é obrigatório fazer.

Sunday, January 15, 2006

Lobby Dentada 

Depois da Selecção de Futebol sub21 ter extravasado a sua alegria nos sanitários, os responsáveis (da Federação) desculpabilizaram os jovens porque estes teriam sido mal recebidos. Simultaneamente, 3 taxistas foram sujeitos a termo de identidade e residência por roubarem às claras no aeroporto, os responsáveis (da Antral) desculpabilizaram os fogareiros porque roubar o turista é normal e até há outra gente que o faz. Se os responsáveis desculpabilizam deve ser porque também são culpados.

A oposição é corporativista. Acha que as partes são compostas por organizações choronas de lobby, que se limitam a “defender os seus interesses” e os “direitos adquiridos”. Seja a Ordem que não quer mais médicos. Sejam os sindicatos que querem aumentos de 5% para TODA a gente, independentemente se trabalham ou não. As corporações são organismos egoístas que agem como se não vivessem no meio das outras pessoas.

O Primeiro Ministro não aceita que em nome dos interesses de “classe” se abdique do mais elementar sentido de justiça. Se são responsáveis, então que sejam responsabilizados. Se representam para o bem, dão a cara para o mal.

Medidas do Primeiro Ministro para acabar com o corporativismo:
- As corporações são responsáveis pelo comportamento dos seus associados. Por exemplo: Se um médico é culpado de negligência, a ordem paga ou exonera-o. Se uma ponte cai a ordem dos engenheiros paga, ou encontra um culpado que cai. Se uma claque desfaz um autocarro, o clube paga, ou extingue a claque. Se um taxista rouba, a Antral paga, ou retira a licença. Se uma empresa contrata mão-de-obra infantil ou ilegal a AIP/AEP/etc paga a multa ou expulsa o associado.

Vote em mim – Para que as organizações lobbistas deixem de ser antros de interesses impunes. Passam a ser co-responsáveis pelos comportamentos dos seus associados.

Friday, December 23, 2005

Nivelamento por baixo 

Um dos principais problemas de um estado social-burocrata é que nivela por baixo os resultados que obtém:

- A Regulação não é feita para garantir serviços mínimos e máximos de concorrência (como devia de ser) mas é feita para garantir rentabilidades confortáveis aos operadores presentes – Num estado pragmático não haveria licenças de operação em nº finito, haveria sim condições mínimas que todos os concorrentes devem respeitar. Por exemplo, em vez de definir quantas farmácias pode haver por freguesia, bastaria exigir as condições que uma farmácia tem de ter para funcionar.

- A Remuneração é feita para garantir que todos ganham o mesmo independentemente do quanto e do como produzem – Num estado pragmático não haveria negociação colectiva porque castiga os bons profissionais fazendo-os receber o mesmo que recebem os indolentes e preguiçosos. Por exemplo: Os sindicatos nunca defendem a atribuição de prémios por desempenho nem a criação de regimes de comissão ou rendimento variável em função do trabalho realizado.

- Os serviços são obcecados pelo que fazem despreocupando-se dos resultados que produzem – Num estado pragmático não existiriam regras de contratação, nem procedimentos administrativos tornados lei, nem leis orgânicas. O financiamento das actividades seria indexado ao atingimento de objectivos, ficando a aplicação dos meios a cargo dos prestadores de serviço. Por exemplo: Para criar uma empresa o mesmo processo é repetido em conservatórias, registros de marca, diário da república, notários, segurança social, e administração fiscal. A iniciativa “empresa na hora” não evita que se repita a mesma operação seis vezes, apenas permite que essas repetições sejam feitas de uma assentada.

- A burocracia não se combate, apenas muda de nome – Num estado pragmático organização que não fosse capaz de gerar as suas próprias receitas extingue-se. Por exemplo: O inútil Ministro da República nas Regiões Autónomas não foi extinto, foi substituído por um “Representante Especial”.

A Social-Burocracia é um regime em que os erros do passado se perpetuam e os maus resultados são propagados para todo o sistema.

Vote em mim – Para impor: Serviços Mínimos, Remuneração por objectivos, Auto-financiamento e Extinção automática.

Monday, December 05, 2005

A Constituição Portuguesa é Patética 

É grande, chata, confusa, remete para a lei, obriga a coisas que não são cumpriveis, é inoperante, é passível de interpretação, exige um estado socialista irrealizável, garante coisas que não deveriam existir (como os direitos adquiridos), não é cumprida e não faz mal, permite que os constitucionalistas tenham dúvidas sobre o seu significado, é necessário um tribunal especial para debater a aplicação, tem artigos feitos para ocasiões tão mesquinhas e limitadas quanto seja a data do referendo do tratado constitucional europeu, mas tem falhas tão graves quanto ser preciso uma lei para definir o que se considera português, entrega o país ao exclusivo dos partidos, é inalterável porque exige o acordo de 70% do parlamento, e precisa de ser alterada porque foi feita por gente senil e iletrada, com vista ao PREC e não com uma ideia de maior para o País e para o longo prazo.

A Constituição Portuguesa é mesmo muito má. No entanto, não pode ser corrigida, porque quem a pode alterar tem de jurar obedecer-lhe. Não vote em mim neste regime.

Saturday, November 26, 2005

O Aeroporto para que te queremos. 

Ninguém com dois dedos de testa, contesta que a Portela, algures neste século irá ficar saturada
Ninguém minimamente racional, discorda que algum dia será necessário um novo aeroporto
Para alguns espertos, até é provável que, entre a Ota e Rio Frio, a Ota seja a melhor localização.

O que nenhuma pessoa inteligente pode compreender é: PORQUE É QUE SE FECHA A PORTELA?

O Aeroporto da Portela recebe uns 15 ou 26 milhões de passageiros ano.
O Aeroporto da Portela poupa meia hora de distância até à Europa
O Aeroporto da Portela está equipado e funcional.

Porque é que vão desactivar um equipamento que funciona? Só porque é pequeno? Mas ainda funciona? Londres tem o City, NY tem o La Guardia, aeroportos pequenos e próximos que estão acessíveis a quem estiver interessado em pagar pela comodidade de ficar num aeroporto central. O resto do tráfego (que nos casos deles é a maioria do tráfego) é enviado para aeroportos mais distantes e maiores (Heatrow, Gatwick, Stantseed ou JFK, Newark).

Então porque é que querem desactivar em equipamento que custa milhares de milhões de euros a substituir? Construa-se a Ota, sim, mas deixe-se ficar a Portela. Ou acha a oposição que tem de desactivar a Portela para ser necessária a construção de um novo aeroporto? É que se se dá o caso de o novo aeroporto estar dependente da destruição do velho aeroporto, então não é preciso nenhum estudo para concluir que este novo não é o que precisamos, porque é incompatível com o aproveitamento de um aeroportoque já temos e vale muito dinheiro.

Em conclusão. Os estudos partem de um princípio errado. Partem do princípio que chegando à capacidade máxima, a Portela tem de ser desactivada, em vez de, como seria racional, manter a Portela em operação à capacidade máxima e desviar para o novo aeroporto o tráfego excedentário. Mas com esta condição incluida no enunciado se calhar não era necessário um aeroporto novo tão grande como a Ota se calhar já não iria haver tanta doninha a ficar rica com as negociatas de terrenos que fizeram. Assim sendo todos os estudos apresentados enunciam: "portela" OU "outro", em vez de assumirem que tem de ser :"Portela" E "outro".

Vote em mim – Não estrague as respostas alterando o enunciado das perguntas.

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